DICIONÁRIO VING TSUN
(WING CHUN)
AU KUEN
Soco gancho na forma Biu Jee.
BA LEK
BA: brutal; LEK: força, tipo de energia.
Ba Lek pode ser comparado ao que comumente se chama de força bruta, o que acaba sendo muito pouco valorizado na prática do Sistema Ving Tsun, visto que se tem um grau muito baixo de monitoramento e por consequência, pouca capacidade de ajuste, em caso de necessidade ou emergência.
BAI SI
BAI: reverência; SI: mestre.
Cerimônia na qual o Todai (aluno ou membro ativo) torna-se Daigee (discípulo ou membro vitalício).
A cerimônia de Bai Si ocorre sempre a partir do criterioso convite do Sifu e da Simo e para muitos, é considerado o principal momento de um membro da Família-Kung Fu em sua jornada.
A cerimônia de Bai Si, traz ao novo discípulo, não somente a garantia de relação vitalícia, mas o compromisso efetivo do Sifu de transmitir integralmente todos os conteúdos tradicionais do Sistema, recebidos por este também.
BAO SAU
BAO: envolver; SAU: membro superior.
Técnica apresentada pela primeira vez, na 2ª parte da forma de Nível Básico Siu Nin Tao, precedendo e criando condições para o Jut Sau.
BIU JE
BIU: Disparar, apontar, mirar; JE; agulha, dedo.
Nome da forma relativa ao Nível avançado (3º nível de desenvolvimento) do sistema Ving Tsun. Abreviatura do termo “Biu Chon Je Nam Cham” que costuma ser traduzido por “bússola padrão” ou “bússola-padrão de alta precisão”, como uma referência à necessidade de recuperação imediata e precisa da linha central..
No passado, costumava-se dizer que esta forma seria secreta, uma vez que raras vezes era publicamente apresentada. Dizia-se também que o aprendizado completo do Biu Je traria as condições mínimas fundamentais para o inicio de uma família Kung Fu.
Biu Je encerra a primeira trilogia do sistema Ving Tsun e a sua fase Estruturada e tem entre as suas principais responsabilidades, o preparo direto para os conteúdos do Níveis Superiores, que virão a seguir.
BIU KWAN
BIU: Disparar; KWAN: Bastão.
Considerada a principal técnica do Luk Dim Boon Kwan e que expressa a essência do nível. É dito que todas as outras técnicas do Luk Dim Boon Kwan trabalham em função dessa técnica.
BIU SAU
BIU: disparar; SAU: membro superior
Técnica que normalmente visa cobrir a porção superior da Linha Central Horizontal. Apresenta-se com essa natureza de forma mais evidenciada no Nível Avançado Biu Je, ainda que já seja inicialmente apresentada no Nível Básico "Sim Nim Tao" e repetidas vezes no Nível Intermediário Chum Kiu.
BONG CHOR SAU HEY GERK
BONG: Asa; CHOR: Erro; SAU: membro superior; HEY: Erguer, levantar; GERK: Membro inferior.
Ainda que Chor signifique erro, Bong Chor Sau não se refere necessariamente à técnica mal executada e sim à condição na qual esta se apresenta. Normalmente, a sequencia natural ao Bong Chor Sau é a utilização de um chute ou algum desdobramento específico com as pernas. Aparece pela primeira vez, de forma evidente, na sequencia do Muk Yan Jong e é comumente conhecida como por Bong Sau cruzado.
BONG SAU
BONG: asa; SAU: membro superior. Braço em forma de asa.
Tan Sao, Bong Sau e Fuk Sau, são consideradas as 3 sementes do sistema Ving Tsun, pois são as técnicas que de forma mais simples visam ocupar a linha central e constituem a base do exercício de Chi Sau.
Apesar de Bong Sau ou Jung Bong Sau serem as expressões mais comuns dessa técnica, ele pode-se apresentar também como Go Bong Sau, ou Bong Sau alto e Dai Bong Sau, ou Bong Sau baixo.
Na coleção dos provérbios marciais Ving Tsun Kuen pode-se ler o que diz Bong Chor Sao Hey Gerk em uma referência a utilização de técnicas de perna, após a execução de um Bong Sau cruzado.
BOON DIM
BOON: meio, metade; DIM: ponto.
BOT JOM DOA
BOT: oito; JOM: corte; DOA: faca
Nome da forma relativa ao nível superior final (6º e último nível de desenvolvimento) do sistema Ving Tsun.
CHAN WAH SHUN
Mestre da 7ª geração de nossa linhagem.
CHAP DOA
CHAP: punho, empunhadura; DOA: faca.
CHEONG KIU LEK
CHEONG: longo; KIU: ponte, braço; LEK: tipo de energia.
Cheong Kiu Lek, que desde a segunda parte do Siu Nin Tao começa a ser cultivada, vai se apresentando e desdobrando, ao longo do sistema, de diversas formas e maneiras, até explicitamente fundamentar o exercício de Cheong Kiu Sau, alcançando o ápice de sua expressão nos Níveis com Armas, Luk Dim Boon Kwan e Bot Jom Doa.
CHEONG KIU SAU
CHEONG: Longo; KIU: ponte, braço; SAU: membro superior.
Conteúdo do nível Superior Inicial Moy Fah Jong, no qual, através da redução da aderência proporcionada pelo exercício do Chi Sao, busca-se um aumento da percepção e capacidade de explosão instantânea.
Em Cheong Kiu Sau o tempo de reação é menor e a distancia a ser percorrida é maior.
Para muitos é considerado o amadurecimento direto do Chi Sau, sendo também o exercício preliminar ao Mai Sang Jong, último conteúdo do Nível Superior Inicial Moy Fah Jong.
CHI GERK
CHI: aderência; GERK: Membro Inferior, perna.
Chi Gerk, apresentado pela primeira vez no Nível Intermediário Chum Kiu, tem sua raiz ainda no Nível Básico Siu Nim Tao, com a prática do exercício Gum Gai Duk Lap. Tem entre seus principais objetivos a consciência nas diversas etapas que compõem a movimentação de pernas. Desde a transferência de peso e elevação até seu posicionamento no solo, com controle e equilíbrio, passando fundamentalmente pelo desenvolvimento da percepção, a partir do contato. Muitos associam o Chi Gerk exclusivamente ao treinamento preliminar de chutes, o que em muito, limita sua potencialidade.
CHI HOC MO YUNG LIK
CHI: começo; HOC: aprender; MO: Não; YUNG: usar; LIK: força.
Um dos provérbios marciais do Sistema Ving Tsun, denominados Ving Tsun Kuen Kuit, no qual é feita uma advertência que “Iniciantes não devem utilizar força”.
Há várias interpretações possíveis desse mesmo provérbio, podendo-se entender independentemente do tempo de prática, a cada novo conteúdo, o praticante é "Chi Hoc” e dessa forma deve ter sua abordagem inicial de forma bastante criteriosa.
CHI KWAN
CHI: aderência; KWAN: bastão.
Exercício no qual se estudam as possibilidades de utilização do bastão ao longo da Linha Central, a partir do contato com o outro bastão. Chi Kwan possibilita ao praticante o estudo do fechamento e da abertura da Linha Central, de forma que o disparo possa ser realizado com precisão e controle.
CHI SAU
CHI: Aderência; SAU: membro superior.
Mãos que aderem. Exercício feito com duas pessoas que ensina ao aluno como se aderir ao adversário. Através do Chi Sau desenvolve-se a capacidade dos nossos braços se adaptarem aos movimentos dos braços do agressor. Os reflexos de defesa do Chi Sau são determinados de um modo imediato e mecânico pelo ataque do oponente. Assim, eles sempre se adequam à situação. Os reflexos tácteis são, de longe, muito mais rápidos que os reflexos gerados por uma informação visual. O Chi Sau permite que o lutador se defenda mesmo sem enxergar.
Chi Sau é provavelmente o mais conhecido e praticado conteúdo do Sistema Ving Tsun, tendo seu início ainda no Nível Básico, Siu Nim Tao, sob a forma do Tang Chi Sau e desenvolvendo-se até o Nível Superior Inicial Moy Fah Jong, onde sofre inúmeras variações.
Tem entre os seus principais objetivos a percepção dos movimentos do parceiro, na disputa dinâmica pela ocupação da Linha Central.
CHOK KIU
CHOK: comprimir, espremer; KIU: ponte, braço
Termo bastante utilizado no dia-a-dia, que diz respeito, principalmente, ao mau posicionamento do cotovelo, demasiadamente próximo ao corpo, impedindo a melhor utilização de alavancas que permitam o disparo ao longo da Linha Central.
CHUM KIU
CHUM: procurar; KIU: ponte.
Nome da forma relativa ao Nível Intermediário (2º nível de desenvolvimento) do Sistema Ving Tsun.
Ainda que várias traduções costumem ser atribuídas a esse termo, dentro do Clã Moy Yat, utilizamos “Ponte Curta”, uma vez que no passado, “Chum” significava também uma unidade de medida (cerca de 1 braça), o que equivaleria dizer, uma ponte de cerca 1,80 m, o que obviamente seria uma ponte curta. Ponte Curta também em referencia a importância da ligação pelo quadril dos membros inferiores (Gerk) e membros superiores (Sao). Essa ponte curta pode também ser associada ao fato que, em termos sistêmicos, o Nível Intermediário Chum Kiu liga o nível básico ao nível avançado, em um espaço de tempo relativamente curto.
Pelo Programa Moy Yat Ving Tsun de Inteligência Marcial, o praticante autorizado por seu Sifu a iniciar os estudos desse Nível é chamado Membro Ativo Sequente.
DAI BONG SAU
DAI: baixo; BONG: asa; SAU: membro superior.
DAI WANG JEANG
DAI: baixo; WANG: deitado, horizontal; JEANG: palma.
Também conhecido como Palma Horizontal Baixa, é apresentada, pela primeira vez, na terceira parte do Siu Nim Tao. Inicialmente mostra-se como uma das variações possíveis das técnicas de palma, de acordo com a altura e ângulo do golpeamento.
DAR HUNG JONG
DAR: golpear; HUNG: vazio; Jong: estaca, pilar.
Dar Hung Jong implica no treinamento da sequencia desenvolvimento no treinamento do Muk Yan Jong sem a limitação física, porém deste. Treinamento que pressupõe um bom nível de compreensão por parte de praticante com relação a esse aparelho, acaba funcionando também como uma checagem da maturidade da sua expressão.
DAR SAU JIK SIU SAU
DAR: golpear; SAU: membro superior; JIK: igual; SIU: neutralizar; SAU: membro superior.
Braço que golpeia é o mesmo que neutraliza, é uma das traduções possíveis para mais esse provérbio marcial (KUEN KUIT) do Sistema Ving Tsun.
Diz respeito a uma das principais características do Sistema, baseada na simplicidade, ou capacidade de otimizar e extrair o máximo de potencial de uma determinada circunstância, sem desperdício de tempo ou energia.
DING GERK
DING: ereto, vertical; GERK: membro inferior, chute.
Ding Gerk é considerado o principal chute do Sistema Ving Tsun, do qual todos derivam. Pela sua extrema simplicidade, sobretudo no preparo, este chute várias vezes é apelidado de “Mo Yin Gerk” (chute invisível), pois é impossível para a contraparte prever o momento de sua saída do solo.
DING JEANG
DING: ereta, vertical; JEANG: palma.
Ding Jeang é a palma vertical do Sistema Ving Tsun. Ao contrário do que muitos pensam, a área de contato é apenar um ponto e não toda a palma, o que aumenta consideravelmente a concentração de energia do golpe. Comumente utilizada pela porta de dentro (Noi Moon), o Ding Jeang, ao lado do Yat Ji Jung Choi e de outras técnicas, expressa fielmente o conceito de Dar Siu Jik Siu Sau tão propagado no Sistema Ving Tsun.
DOA FAT
DOA: faca; FAT: método.
O programa Moy Yat Ving Tsun de Inteligência marcial, divide o Estudo do Nível Superior Final Bot Jom Doa, em duas etapas distintas e sucessivas, conhecidas por Doa Loh e Doa Fat. Esta segunda, fruto da rica experiência na etapa anterior, traz ao mérito técnico especifico, o aprofundamento dos estudos do Jao Wai, Po Wai e Chap Doa, de forma a permitir ao Membro Vitalício Sênior, a plenitude inicial de sua expressão no Sistema Ving Tsun.
DOY YENG
DOY: enfrentar, encarar; YENG: forma, figura.
Pode-se dizer que o conceito de Doy Yeng seja uma das principais assinaturas do Sistema Ving Tsun e de seus praticantes. Diz respeito a posicionar-se de frente (oposição frontal), ou mesmo encarar de frente o adversário, o problema ou a adversidade.
Uma das características mais marcantes desse tipo de posicionamento é o comprometimento total com a situação e a utilização máxima do potencial de solução, simbolizada pela possibilidade de usarem-se três membros (dois braços e uma perna) simultaneamente.
Soco gancho na forma Biu Jee.
BA LEK
BA: brutal; LEK: força, tipo de energia.
Ba Lek pode ser comparado ao que comumente se chama de força bruta, o que acaba sendo muito pouco valorizado na prática do Sistema Ving Tsun, visto que se tem um grau muito baixo de monitoramento e por consequência, pouca capacidade de ajuste, em caso de necessidade ou emergência.
BAI SI
BAI: reverência; SI: mestre.
Cerimônia na qual o Todai (aluno ou membro ativo) torna-se Daigee (discípulo ou membro vitalício).
A cerimônia de Bai Si ocorre sempre a partir do criterioso convite do Sifu e da Simo e para muitos, é considerado o principal momento de um membro da Família-Kung Fu em sua jornada.
A cerimônia de Bai Si, traz ao novo discípulo, não somente a garantia de relação vitalícia, mas o compromisso efetivo do Sifu de transmitir integralmente todos os conteúdos tradicionais do Sistema, recebidos por este também.
BAO SAU
BAO: envolver; SAU: membro superior.
Técnica apresentada pela primeira vez, na 2ª parte da forma de Nível Básico Siu Nin Tao, precedendo e criando condições para o Jut Sau.
BIU JE
BIU: Disparar, apontar, mirar; JE; agulha, dedo.
Nome da forma relativa ao Nível avançado (3º nível de desenvolvimento) do sistema Ving Tsun. Abreviatura do termo “Biu Chon Je Nam Cham” que costuma ser traduzido por “bússola padrão” ou “bússola-padrão de alta precisão”, como uma referência à necessidade de recuperação imediata e precisa da linha central..
No passado, costumava-se dizer que esta forma seria secreta, uma vez que raras vezes era publicamente apresentada. Dizia-se também que o aprendizado completo do Biu Je traria as condições mínimas fundamentais para o inicio de uma família Kung Fu.
Biu Je encerra a primeira trilogia do sistema Ving Tsun e a sua fase Estruturada e tem entre as suas principais responsabilidades, o preparo direto para os conteúdos do Níveis Superiores, que virão a seguir.
BIU KWAN
BIU: Disparar; KWAN: Bastão.
Considerada a principal técnica do Luk Dim Boon Kwan e que expressa a essência do nível. É dito que todas as outras técnicas do Luk Dim Boon Kwan trabalham em função dessa técnica.
BIU SAU
BIU: disparar; SAU: membro superior
Técnica que normalmente visa cobrir a porção superior da Linha Central Horizontal. Apresenta-se com essa natureza de forma mais evidenciada no Nível Avançado Biu Je, ainda que já seja inicialmente apresentada no Nível Básico "Sim Nim Tao" e repetidas vezes no Nível Intermediário Chum Kiu.
BONG CHOR SAU HEY GERK
BONG: Asa; CHOR: Erro; SAU: membro superior; HEY: Erguer, levantar; GERK: Membro inferior.
Ainda que Chor signifique erro, Bong Chor Sau não se refere necessariamente à técnica mal executada e sim à condição na qual esta se apresenta. Normalmente, a sequencia natural ao Bong Chor Sau é a utilização de um chute ou algum desdobramento específico com as pernas. Aparece pela primeira vez, de forma evidente, na sequencia do Muk Yan Jong e é comumente conhecida como por Bong Sau cruzado.
BONG SAU
BONG: asa; SAU: membro superior. Braço em forma de asa.
Tan Sao, Bong Sau e Fuk Sau, são consideradas as 3 sementes do sistema Ving Tsun, pois são as técnicas que de forma mais simples visam ocupar a linha central e constituem a base do exercício de Chi Sau.
Apesar de Bong Sau ou Jung Bong Sau serem as expressões mais comuns dessa técnica, ele pode-se apresentar também como Go Bong Sau, ou Bong Sau alto e Dai Bong Sau, ou Bong Sau baixo.
Na coleção dos provérbios marciais Ving Tsun Kuen pode-se ler o que diz Bong Chor Sao Hey Gerk em uma referência a utilização de técnicas de perna, após a execução de um Bong Sau cruzado.
BOON DIM
BOON: meio, metade; DIM: ponto.
BOT JOM DOA
BOT: oito; JOM: corte; DOA: faca
Nome da forma relativa ao nível superior final (6º e último nível de desenvolvimento) do sistema Ving Tsun.
CHAN WAH SHUN
Mestre da 7ª geração de nossa linhagem.
CHAP DOA
CHAP: punho, empunhadura; DOA: faca.
CHEONG KIU LEK
CHEONG: longo; KIU: ponte, braço; LEK: tipo de energia.
Cheong Kiu Lek, que desde a segunda parte do Siu Nin Tao começa a ser cultivada, vai se apresentando e desdobrando, ao longo do sistema, de diversas formas e maneiras, até explicitamente fundamentar o exercício de Cheong Kiu Sau, alcançando o ápice de sua expressão nos Níveis com Armas, Luk Dim Boon Kwan e Bot Jom Doa.
CHEONG KIU SAU
CHEONG: Longo; KIU: ponte, braço; SAU: membro superior.
Conteúdo do nível Superior Inicial Moy Fah Jong, no qual, através da redução da aderência proporcionada pelo exercício do Chi Sao, busca-se um aumento da percepção e capacidade de explosão instantânea.
Em Cheong Kiu Sau o tempo de reação é menor e a distancia a ser percorrida é maior.
Para muitos é considerado o amadurecimento direto do Chi Sau, sendo também o exercício preliminar ao Mai Sang Jong, último conteúdo do Nível Superior Inicial Moy Fah Jong.
CHI GERK
CHI: aderência; GERK: Membro Inferior, perna.
Chi Gerk, apresentado pela primeira vez no Nível Intermediário Chum Kiu, tem sua raiz ainda no Nível Básico Siu Nim Tao, com a prática do exercício Gum Gai Duk Lap. Tem entre seus principais objetivos a consciência nas diversas etapas que compõem a movimentação de pernas. Desde a transferência de peso e elevação até seu posicionamento no solo, com controle e equilíbrio, passando fundamentalmente pelo desenvolvimento da percepção, a partir do contato. Muitos associam o Chi Gerk exclusivamente ao treinamento preliminar de chutes, o que em muito, limita sua potencialidade.
CHI HOC MO YUNG LIK
CHI: começo; HOC: aprender; MO: Não; YUNG: usar; LIK: força.
Um dos provérbios marciais do Sistema Ving Tsun, denominados Ving Tsun Kuen Kuit, no qual é feita uma advertência que “Iniciantes não devem utilizar força”.
Há várias interpretações possíveis desse mesmo provérbio, podendo-se entender independentemente do tempo de prática, a cada novo conteúdo, o praticante é "Chi Hoc” e dessa forma deve ter sua abordagem inicial de forma bastante criteriosa.
CHI KWAN
CHI: aderência; KWAN: bastão.
Exercício no qual se estudam as possibilidades de utilização do bastão ao longo da Linha Central, a partir do contato com o outro bastão. Chi Kwan possibilita ao praticante o estudo do fechamento e da abertura da Linha Central, de forma que o disparo possa ser realizado com precisão e controle.
CHI SAU
CHI: Aderência; SAU: membro superior.
Mãos que aderem. Exercício feito com duas pessoas que ensina ao aluno como se aderir ao adversário. Através do Chi Sau desenvolve-se a capacidade dos nossos braços se adaptarem aos movimentos dos braços do agressor. Os reflexos de defesa do Chi Sau são determinados de um modo imediato e mecânico pelo ataque do oponente. Assim, eles sempre se adequam à situação. Os reflexos tácteis são, de longe, muito mais rápidos que os reflexos gerados por uma informação visual. O Chi Sau permite que o lutador se defenda mesmo sem enxergar.
Chi Sau é provavelmente o mais conhecido e praticado conteúdo do Sistema Ving Tsun, tendo seu início ainda no Nível Básico, Siu Nim Tao, sob a forma do Tang Chi Sau e desenvolvendo-se até o Nível Superior Inicial Moy Fah Jong, onde sofre inúmeras variações.
Tem entre os seus principais objetivos a percepção dos movimentos do parceiro, na disputa dinâmica pela ocupação da Linha Central.
CHOK KIU
CHOK: comprimir, espremer; KIU: ponte, braço
Termo bastante utilizado no dia-a-dia, que diz respeito, principalmente, ao mau posicionamento do cotovelo, demasiadamente próximo ao corpo, impedindo a melhor utilização de alavancas que permitam o disparo ao longo da Linha Central.
CHUM KIU
CHUM: procurar; KIU: ponte.
Nome da forma relativa ao Nível Intermediário (2º nível de desenvolvimento) do Sistema Ving Tsun.
Ainda que várias traduções costumem ser atribuídas a esse termo, dentro do Clã Moy Yat, utilizamos “Ponte Curta”, uma vez que no passado, “Chum” significava também uma unidade de medida (cerca de 1 braça), o que equivaleria dizer, uma ponte de cerca 1,80 m, o que obviamente seria uma ponte curta. Ponte Curta também em referencia a importância da ligação pelo quadril dos membros inferiores (Gerk) e membros superiores (Sao). Essa ponte curta pode também ser associada ao fato que, em termos sistêmicos, o Nível Intermediário Chum Kiu liga o nível básico ao nível avançado, em um espaço de tempo relativamente curto.
Pelo Programa Moy Yat Ving Tsun de Inteligência Marcial, o praticante autorizado por seu Sifu a iniciar os estudos desse Nível é chamado Membro Ativo Sequente.
DAI BONG SAU
DAI: baixo; BONG: asa; SAU: membro superior.
DAI WANG JEANG
DAI: baixo; WANG: deitado, horizontal; JEANG: palma.
Também conhecido como Palma Horizontal Baixa, é apresentada, pela primeira vez, na terceira parte do Siu Nim Tao. Inicialmente mostra-se como uma das variações possíveis das técnicas de palma, de acordo com a altura e ângulo do golpeamento.
DAR HUNG JONG
DAR: golpear; HUNG: vazio; Jong: estaca, pilar.
Dar Hung Jong implica no treinamento da sequencia desenvolvimento no treinamento do Muk Yan Jong sem a limitação física, porém deste. Treinamento que pressupõe um bom nível de compreensão por parte de praticante com relação a esse aparelho, acaba funcionando também como uma checagem da maturidade da sua expressão.
DAR SAU JIK SIU SAU
DAR: golpear; SAU: membro superior; JIK: igual; SIU: neutralizar; SAU: membro superior.
Braço que golpeia é o mesmo que neutraliza, é uma das traduções possíveis para mais esse provérbio marcial (KUEN KUIT) do Sistema Ving Tsun.
Diz respeito a uma das principais características do Sistema, baseada na simplicidade, ou capacidade de otimizar e extrair o máximo de potencial de uma determinada circunstância, sem desperdício de tempo ou energia.
DING GERK
DING: ereto, vertical; GERK: membro inferior, chute.
Ding Gerk é considerado o principal chute do Sistema Ving Tsun, do qual todos derivam. Pela sua extrema simplicidade, sobretudo no preparo, este chute várias vezes é apelidado de “Mo Yin Gerk” (chute invisível), pois é impossível para a contraparte prever o momento de sua saída do solo.
DING JEANG
DING: ereta, vertical; JEANG: palma.
Ding Jeang é a palma vertical do Sistema Ving Tsun. Ao contrário do que muitos pensam, a área de contato é apenar um ponto e não toda a palma, o que aumenta consideravelmente a concentração de energia do golpe. Comumente utilizada pela porta de dentro (Noi Moon), o Ding Jeang, ao lado do Yat Ji Jung Choi e de outras técnicas, expressa fielmente o conceito de Dar Siu Jik Siu Sau tão propagado no Sistema Ving Tsun.
DOA FAT
DOA: faca; FAT: método.
O programa Moy Yat Ving Tsun de Inteligência marcial, divide o Estudo do Nível Superior Final Bot Jom Doa, em duas etapas distintas e sucessivas, conhecidas por Doa Loh e Doa Fat. Esta segunda, fruto da rica experiência na etapa anterior, traz ao mérito técnico especifico, o aprofundamento dos estudos do Jao Wai, Po Wai e Chap Doa, de forma a permitir ao Membro Vitalício Sênior, a plenitude inicial de sua expressão no Sistema Ving Tsun.
DOY YENG
DOY: enfrentar, encarar; YENG: forma, figura.
Pode-se dizer que o conceito de Doy Yeng seja uma das principais assinaturas do Sistema Ving Tsun e de seus praticantes. Diz respeito a posicionar-se de frente (oposição frontal), ou mesmo encarar de frente o adversário, o problema ou a adversidade.
Uma das características mais marcantes desse tipo de posicionamento é o comprometimento total com a situação e a utilização máxima do potencial de solução, simbolizada pela possibilidade de usarem-se três membros (dois braços e uma perna) simultaneamente.