VING TSUN (WING CHUN)
KUNG FU
Ving Tsun é um sofisticado sistema de Arte Marcial Chinesa que se caracteriza pela versatilidade e adequação de seus métodos às necessidades específicas de cada praticante.
Considerada uma das artes marciais de maior prestígio em muitos países do mundo - é a Arte Marcial Chinesa mais praticada nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Hong Kong - suas características mais conhecidas são: comprovada eficácia em combate, rapidez de aprendizado e total ausência de movimentos complicados e floreados.
Ving Tsun é exatamente como sua fundadora, a grande mestra Yim Ving Tsun, simples, gentil e tranquila.
Apesar de todo este prestígio como arte de combate, o Ving Tsun atrai principalmente pelo auto-conhecimento que pode trazer ao praticante, pois sua característica maior está na descoberta diária de suas próprias limitações e potencialidades. A vida parece falar e manifestar-se secretamente através de seus movimentos.
A proposta básica do Ving Tsun é proporcionar o relaxamento global ao praticante, para que possa usufruir de sua existência através da harmonia com o meio em que vive. Este consagrado método idealizado pela monja budista Ng'Mui e estruturado como sistema por sua discípula mais notável, a Fundadora Yim Ving Tsun, foi aperfeiçoado por médicos e intelectuais chineses que praticaram a arte ao longo de sua história.
O Ving Tsun é estruturado como um sistema, pois é formado por um conjunto de elementos (objetivos e subjetivos) que possuem uma interdependência entre si, formado um todo organizado com o fim de alcançar determinada meta.
Nenhuma técnica isolada ou muitas técnicas desconexas (em chinês, no dialeto cantonês, chamamos de "San Sao") constituem um sistema.
Toda ordenação das técnicas do Sistema Ving Tsun e a influência que cada uma exerce sobre a outra é regida pelo Princípio da Simplicidade. Em chinês, no dialeto Cantonês, chamado de "Tang Son", onde "Tang" significa simples em quantidade e "Son" quer dizer puro em essência.
A simplicidade implica na visão sensata da vida. O praticante de Ving Tsun não é complicado, não é confuso, não se deixa impressionar com a ostentação e, acima de tudo, não está absorto no desejo de impressionar e de ser impostamente aceito.
Através da simplicidade encontramos a espontaneidade. Ao procurar agir com simplicidade, o praticante de Ving Tsun torna suas ações mais espontâneas, como simplesmente deveria ser.
Com isso, todas as conquistas superiores são alcançadas sem esforço aparente, já que para alcançá-las foi preciso que grandes combates fossem travados anteriormente. Sem saber exatamente como, os praticantes de Ving Tsun transforman-se em grandes peritos em Artes Marciais. Espontaneamente...
No estudo do Sistema Ving Tsun podemos isolar teoricamente as principais variáveis de um movimento, enfatizando a exercitação de cada um desses fatores, que são: posicionamento (forma), distância (espaço), timing (tempo) e energia (força). A combinação harmoniosa entre todos estes elementos, baseados no Princípio da Simplicidade resultou na famosa Teoria da Linha Central, que tornou o Sistema Ving Tsun tão conhecido. Esta teoria defende a idéia de que a melhor forma de dominar o combate é ocupar a Linha Central que é, na realidade, um conjunto de duas linhas imaginárias: uma vertical que divide o corpo ao meio e uma horizontal que tem origem na altura do peito, equivalendo ao comprimento dos braços. Estas duas linhas servem de referência para a execução de todas as técnicas do Sistema Ving Tsun.
Devido a cada movimento, cada sequencia e cada exercício em dupla possuir uma relação harmoniosa entre si, constituindo um todo equilibrado, qualquer alteração despropositada - quer que seja suprimindo, acrescentando ou adulterando - de um dos elementos do Sistema Ving Tsun ocasionará um desequilíbrio que afetará profundamente sua natureza. O Sistema Ving Tsun tem como proposta levar o praticante a um processo liberador, permitindo que cada um alcance seus objetivos pessoais. Ao longo do aprendizado em Ving Tsun, a pessoa vai evoluindo sua concepção sobre a existência humana, o que traz como consequencia uma transformação na elaboração de suas metas.
O Sistema Ving Tsun possui aquilo que muitas vezes é chamado de "procedimento de auto-checagem", ou seja, é possível provar através de certos dispositivos conhecidos por verdadeiros praticantes se uma técnica pertence ou não ao sistema. Este processo é importante à medida que o praticante vai alcançando um amadurecimento maior na arte, passando a personalizar o seu Ving Tsun, o que torna-o bem distinto do Ving Tsun de seu mestre e de seus condiscípulos.
Sabendo como checar o sistema, o praticante saberá se está se libertando do mesmo, dentro de uma evolução natural, ou está se afastando de seu caminho, por ter compreendido erroneamente certos aspectos da arte.
Outra particularidade do Sistema Ving Tsun é o seu dispositivo de auto-proteção. Em outras palavras, não há como pegar atalhos na prática do verdadeiro Ving Tsun. Até mesmo nos nomes dos conteúdos tradicionais, os ancestrais buscaram proteger a arte. O significado literal do nome não reproduz necessariamente o verdadeiro significado existente por trás do mesmo, levando muitas vezes o praticante desavisado a cometer erros crassos por interpretar equivocadamente os nomes dos conteúdos do sistema.
Pode-se dizer que o Sistema Ving Tsun é composto por conteúdos e processos. Os primeiros são os elementos objetivos que podem ser tradicionais (aqueles que foram ordenados pela Fundadora Yim Ving Tsun e seus sucessores, sendo de aplicabilidade comum a todos os praticantes) ou não (aqueles que visam auxiliar na melhor compreensão por parte do praticante, sendo de aplicabilidade individual para atender suas necessidades momentâneas). Os últimos são elementos subjetivos do sistema, onde o praticante vivencia cada um de seus conteúdos, a fim de encontrar sua própria resposta para suas questões.
Para estimular o discípulo a visualizar a prática do Ving Tsun na vida diária, muitos mestres de Ving Tsun evitam falar de técnicas de Kung Fu com seus alunos. Era assim que procedia o falecido Patriarca Yip Man, famoso por ser o mestre de muitos dos maiores artistas marciais da atualidade. O mesmo acontecia com Grão-Mestre Moy Yat.
Curiosamente, esta é a melhor maneira (Vida-Kung Fu) de preparar grandes artistas marciais, pois a mesma, funciona sobre o praticante de uma forma particular.
O cérebro tem dois hemisférios: o esquerdo e o direito. Pessoas que tem o lado esquerdo do cérebro desenvolvido são analíticos, lógicos, céticos, cautelosos e detalhistas. Por outro lado, pessoas com o hemisfério direito desenvolvido são pessoas criativas, receptivas, meditativas, intuitivas e artísticas. Na Vida-Kung Fu, busca-se o equilíbrio entre o desenvolvimento dos dois hemisférios. A importância do hemisfério direito reside no fato dele ser a porta de entrada do inconsciente. Aprender coisas que nunca foram ensinadas parece pura magia. Mas é assim que o Ving Tsun funciona, pois existem coisas na vida que não podem ser ensinadas, só podem ser aprendidas.
O Sistema Ving Tsun é conhecido mundialmente por sua eficácia em combate. No entanto, esta eficácia não é adquirida através de extenuante trabalho físico, mas sim compreendendo globalmente a natureza das coisas.
É comum um artista marcial acreditar que deva treinar pelo menos 8 horas por dia para alcançar um excelente nível. Obviamente, são poucos os indivíduos que tem todo este tempo disponível na atualidade. Por este motivo, muitos se frustram acreditando que nunca irão alcançar um nível elevado de domínio da arte. Através da Vida-Kung Fu, mais importante que treinar 8 horas por dia numa academia, é praticar 24 horas por dia em todos os momentos da vida. Este é o ensinamento fundamental do Ving Tsun, a economia de tempo. Os praticantes de Ving Tsun são famosos por amadurecerem na arte muito cedo. Não é raro encontrarmos Mestres de Ving Tsun com menos de 30 anos e Grão-Mestres com menos de 50 anos de idade. Muitos acreditam que isto acontece porque o sistema é curto. Nada está mais longe da verdade.
O segredo não está em "quanto" uma pessoa treina, mas em "como" ela treina, e "com quem" ela treina. A Vida-Kung Fu irá trabalhar o seu ser como um todo. Através deste processo, o tempo pode ser multiplicado.
As características mais marcantes do Ving Tsun como arte de combate são:
- a busca pela síntese de movimentos de ataques e defesa;
- a simplicidade objetiva de seus movimentos;
- um sistema defensivo sofisticado (defesa constante com ataque), utilizando uma grande valorização da intuição defensiva pelo desenvolvimento dos reflexos, estimulando reações espontâneas e descomplicadas (reflexo instintivo), através da sensibilidade e da percepção humana;
- foco na geração de energia explosiva, em uma reação em cadeia direcionada através do uso inteligente da força biomecânica.
Considerada uma das artes marciais de maior prestígio em muitos países do mundo - é a Arte Marcial Chinesa mais praticada nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Hong Kong - suas características mais conhecidas são: comprovada eficácia em combate, rapidez de aprendizado e total ausência de movimentos complicados e floreados.
Ving Tsun é exatamente como sua fundadora, a grande mestra Yim Ving Tsun, simples, gentil e tranquila.
Apesar de todo este prestígio como arte de combate, o Ving Tsun atrai principalmente pelo auto-conhecimento que pode trazer ao praticante, pois sua característica maior está na descoberta diária de suas próprias limitações e potencialidades. A vida parece falar e manifestar-se secretamente através de seus movimentos.
A proposta básica do Ving Tsun é proporcionar o relaxamento global ao praticante, para que possa usufruir de sua existência através da harmonia com o meio em que vive. Este consagrado método idealizado pela monja budista Ng'Mui e estruturado como sistema por sua discípula mais notável, a Fundadora Yim Ving Tsun, foi aperfeiçoado por médicos e intelectuais chineses que praticaram a arte ao longo de sua história.
O Ving Tsun é estruturado como um sistema, pois é formado por um conjunto de elementos (objetivos e subjetivos) que possuem uma interdependência entre si, formado um todo organizado com o fim de alcançar determinada meta.
Nenhuma técnica isolada ou muitas técnicas desconexas (em chinês, no dialeto cantonês, chamamos de "San Sao") constituem um sistema.
Toda ordenação das técnicas do Sistema Ving Tsun e a influência que cada uma exerce sobre a outra é regida pelo Princípio da Simplicidade. Em chinês, no dialeto Cantonês, chamado de "Tang Son", onde "Tang" significa simples em quantidade e "Son" quer dizer puro em essência.
A simplicidade implica na visão sensata da vida. O praticante de Ving Tsun não é complicado, não é confuso, não se deixa impressionar com a ostentação e, acima de tudo, não está absorto no desejo de impressionar e de ser impostamente aceito.
Através da simplicidade encontramos a espontaneidade. Ao procurar agir com simplicidade, o praticante de Ving Tsun torna suas ações mais espontâneas, como simplesmente deveria ser.
Com isso, todas as conquistas superiores são alcançadas sem esforço aparente, já que para alcançá-las foi preciso que grandes combates fossem travados anteriormente. Sem saber exatamente como, os praticantes de Ving Tsun transforman-se em grandes peritos em Artes Marciais. Espontaneamente...
No estudo do Sistema Ving Tsun podemos isolar teoricamente as principais variáveis de um movimento, enfatizando a exercitação de cada um desses fatores, que são: posicionamento (forma), distância (espaço), timing (tempo) e energia (força). A combinação harmoniosa entre todos estes elementos, baseados no Princípio da Simplicidade resultou na famosa Teoria da Linha Central, que tornou o Sistema Ving Tsun tão conhecido. Esta teoria defende a idéia de que a melhor forma de dominar o combate é ocupar a Linha Central que é, na realidade, um conjunto de duas linhas imaginárias: uma vertical que divide o corpo ao meio e uma horizontal que tem origem na altura do peito, equivalendo ao comprimento dos braços. Estas duas linhas servem de referência para a execução de todas as técnicas do Sistema Ving Tsun.
Devido a cada movimento, cada sequencia e cada exercício em dupla possuir uma relação harmoniosa entre si, constituindo um todo equilibrado, qualquer alteração despropositada - quer que seja suprimindo, acrescentando ou adulterando - de um dos elementos do Sistema Ving Tsun ocasionará um desequilíbrio que afetará profundamente sua natureza. O Sistema Ving Tsun tem como proposta levar o praticante a um processo liberador, permitindo que cada um alcance seus objetivos pessoais. Ao longo do aprendizado em Ving Tsun, a pessoa vai evoluindo sua concepção sobre a existência humana, o que traz como consequencia uma transformação na elaboração de suas metas.
O Sistema Ving Tsun possui aquilo que muitas vezes é chamado de "procedimento de auto-checagem", ou seja, é possível provar através de certos dispositivos conhecidos por verdadeiros praticantes se uma técnica pertence ou não ao sistema. Este processo é importante à medida que o praticante vai alcançando um amadurecimento maior na arte, passando a personalizar o seu Ving Tsun, o que torna-o bem distinto do Ving Tsun de seu mestre e de seus condiscípulos.
Sabendo como checar o sistema, o praticante saberá se está se libertando do mesmo, dentro de uma evolução natural, ou está se afastando de seu caminho, por ter compreendido erroneamente certos aspectos da arte.
Outra particularidade do Sistema Ving Tsun é o seu dispositivo de auto-proteção. Em outras palavras, não há como pegar atalhos na prática do verdadeiro Ving Tsun. Até mesmo nos nomes dos conteúdos tradicionais, os ancestrais buscaram proteger a arte. O significado literal do nome não reproduz necessariamente o verdadeiro significado existente por trás do mesmo, levando muitas vezes o praticante desavisado a cometer erros crassos por interpretar equivocadamente os nomes dos conteúdos do sistema.
Pode-se dizer que o Sistema Ving Tsun é composto por conteúdos e processos. Os primeiros são os elementos objetivos que podem ser tradicionais (aqueles que foram ordenados pela Fundadora Yim Ving Tsun e seus sucessores, sendo de aplicabilidade comum a todos os praticantes) ou não (aqueles que visam auxiliar na melhor compreensão por parte do praticante, sendo de aplicabilidade individual para atender suas necessidades momentâneas). Os últimos são elementos subjetivos do sistema, onde o praticante vivencia cada um de seus conteúdos, a fim de encontrar sua própria resposta para suas questões.
Para estimular o discípulo a visualizar a prática do Ving Tsun na vida diária, muitos mestres de Ving Tsun evitam falar de técnicas de Kung Fu com seus alunos. Era assim que procedia o falecido Patriarca Yip Man, famoso por ser o mestre de muitos dos maiores artistas marciais da atualidade. O mesmo acontecia com Grão-Mestre Moy Yat.
Curiosamente, esta é a melhor maneira (Vida-Kung Fu) de preparar grandes artistas marciais, pois a mesma, funciona sobre o praticante de uma forma particular.
O cérebro tem dois hemisférios: o esquerdo e o direito. Pessoas que tem o lado esquerdo do cérebro desenvolvido são analíticos, lógicos, céticos, cautelosos e detalhistas. Por outro lado, pessoas com o hemisfério direito desenvolvido são pessoas criativas, receptivas, meditativas, intuitivas e artísticas. Na Vida-Kung Fu, busca-se o equilíbrio entre o desenvolvimento dos dois hemisférios. A importância do hemisfério direito reside no fato dele ser a porta de entrada do inconsciente. Aprender coisas que nunca foram ensinadas parece pura magia. Mas é assim que o Ving Tsun funciona, pois existem coisas na vida que não podem ser ensinadas, só podem ser aprendidas.
O Sistema Ving Tsun é conhecido mundialmente por sua eficácia em combate. No entanto, esta eficácia não é adquirida através de extenuante trabalho físico, mas sim compreendendo globalmente a natureza das coisas.
É comum um artista marcial acreditar que deva treinar pelo menos 8 horas por dia para alcançar um excelente nível. Obviamente, são poucos os indivíduos que tem todo este tempo disponível na atualidade. Por este motivo, muitos se frustram acreditando que nunca irão alcançar um nível elevado de domínio da arte. Através da Vida-Kung Fu, mais importante que treinar 8 horas por dia numa academia, é praticar 24 horas por dia em todos os momentos da vida. Este é o ensinamento fundamental do Ving Tsun, a economia de tempo. Os praticantes de Ving Tsun são famosos por amadurecerem na arte muito cedo. Não é raro encontrarmos Mestres de Ving Tsun com menos de 30 anos e Grão-Mestres com menos de 50 anos de idade. Muitos acreditam que isto acontece porque o sistema é curto. Nada está mais longe da verdade.
O segredo não está em "quanto" uma pessoa treina, mas em "como" ela treina, e "com quem" ela treina. A Vida-Kung Fu irá trabalhar o seu ser como um todo. Através deste processo, o tempo pode ser multiplicado.
As características mais marcantes do Ving Tsun como arte de combate são:
- a busca pela síntese de movimentos de ataques e defesa;
- a simplicidade objetiva de seus movimentos;
- um sistema defensivo sofisticado (defesa constante com ataque), utilizando uma grande valorização da intuição defensiva pelo desenvolvimento dos reflexos, estimulando reações espontâneas e descomplicadas (reflexo instintivo), através da sensibilidade e da percepção humana;
- foco na geração de energia explosiva, em uma reação em cadeia direcionada através do uso inteligente da força biomecânica.